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As Escolas Econômicas têm uma Base Sólida?

Neste artigo vou tentar explicar porque discordo de quase todos os pensamentos econômicos correntes. São várias as escolas econômicas, mas as principais são a Keynesiana, a Monetarista, a Liberal Clássica, a Marxista (Socialista) e a Escola Austríaca.

Para explicar melhor minha descrença em todas as escolas econômicas, com excessão de uma, é importante saber os dois principais métodos de se obter um conhecimento mais sólido e consistente sobre quase todos os assuntos. Esses dois métodos são:  O Método Científico e a Lógica Formal. O Método Científico é o método usado nas ciências naturais, física, química, biologia, etc… Já a Lógica Formal é o processo utilizado para derivar todo o pensamento matemático.

O Método Científico

O método científico teve como seu principal pensador Karl Popper, na sua obra, The Logic of Scientific Discovery, ele explica como funciona essa forma de obtenção de conhecimento. Um dos principais pontos levantados por Popper é que para uma teoria ser considerada científica ela precisa ser falsificável, o que quer dizar que ela precisa ser testável, quanto mais ela passar pelos crivos dos testes, mais ela será considerada válida, mas ela nunca será considerada como 100% certa, este tipo de precisão não é possível neste método.

Outro fator muito importante no método científico é o controle do ambiente e das variáveis a serem testadas. É fundamental que possamos manipular, isolar e repetir tanto as variáveis quanto o experimento.

Então para uma teoria ser considerada uma teoria científica, ela precisa ser testável, e para ser testável essa teoria precisa produzir conclusões que possam ser testadas, essas conclusões são chamadas de previsões, e os testes consistem em verificar se essas previsões são falsas ou verdadeiras.

Lógica Formal

O melhor exemplo que temos da aplicação do segundo método, a Lógica Formal, é na matemática. Na matemática não provamos nada via teste, ou tentativa e erro, uma prova só é considerada váilida quando conseguimos derivar o resultado via uma lógica formal baseados em axiomas matemáticos.

Encontramos várias aplicações deste método lógico nas provas das fórmulas dos livros de matemática. Por exemplo, nas provas das fórmulas de geometria, começamos com os  axiomas ou lemas matemáticos, e partindo destes vamos fazendo uma série de inferências lógicas até chegarmos as fórmulas geométricas. Ao contrário do método científico, quando provamos uma fórmula ou relação matemática ela é (dentro dos parâmetros matemáticos estabelecidos) uma verdade absoluta!

Ciências Econômicas?

Expostas ambas as formas de obtenção de conhecimento, o meu problema com as diversas escolas econômicas é que nenhuma delas, com excessão de uma, se baseiam em nenhum dos dois métodos. Elas têm a pretensão de serem consideradas como ciência, muitas vezes se arrogam o título de ciências econômicas, mas não são falsificáveis, não conseguimos testá-las, manipulá-las e nem repetir os experimentos, sem contar que as variáveis estudadas, que somos nós, não se comportam da mesma maneira se estão sendo observadas ou não.

Além disso não temos dados confiáveis, pois muitas vezes os mesmos são fornecidos pelos maiores interessados em manipulá-los. Como exemplo podemos citar os dados do PIB, do PIB per capita, da inflação, do desemprego, do IDH, dos vários rankings internacionais que são divulgados, etc… Vários destes dados serão discutidos nos próximos artigos.

Ou seja, o que temos na grande maioria das vezes são interpretações subjetivas e enviesadas de fatos e acontecimentos históricos. Sendo a coleta destes fatos e acontecimentos também sujeita a subjetividades por parte de quem os coletam e divulgam.

A única escola econômica a perceber estes problemas, foi a escola austríaca, se posicionando sob a segunda forma de obtenção de conhecimento, e por isso posteriormente dedicaremos um artigo exclusivo a ela.

Por fim, acredito que a ilustração abaixo, exemplifica bem o que estou tentando explicar:

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